Pegando a deixa da Cultura

Postado por: em abr 4, 2012 | 2 Comentários

Discutir. Propor. Mas que coisa é essa? Dar nome. Por palavra onde só existe imagem. Eu defendo uma arte com proposta pois no final das contas não existe uma que não tenha a sua. Todo artista sincero sabe que ao compartilhar sua arte está se confessando publicamente, está nu, está pelado, está sem roupa! Talvez seja por isso que a cultura pop aliada à indústria do entretenimento se utiliza de tantos artifícios para “vestir” a personalidade artística – distanciando o homem-artista do homem-comum, vai tentando desdizer aquilo que está sendo dito pela arte. A arte sempre denuncia a nossa humanidade! É por isso que não raras vezes um filme, uma música, uma peça de teatro entra nas nossas rodas e logo vira discussão, debate e (quando bem aproveitado) uma proposta.

Mas, sobre o que o artista deve falar? Qualquer coisa que o sensibilize. Qualquer coisa que esbarre na sua canela. É possível que de forma mais ampla, o compositor seja incomodado com as perguntas deixadas pela cultura. Pegue todo os movimentos artísticos que passaram por este país: modernismo, bossa nova, jovem guarda, tropicalismo, rock Brasília, mague beat, indie rock e considere os dramas de cada um, a alma moldada pelos criadores de tantas canções e artefatos. Coloque tudo sobre a mesa. Pare um pouco e comece a contemplar. Certamente você encontrará muitas e interessantes perguntas que estão aí aguardando a sua resposta.

Não se assuste quando descobrir que as perguntas “deles” são muito parecidas com (se não iguais) as “nossas”.

Vai.

Marcos Almeida

2 Comentários

  1. MAURA MOSCHEN
    6 de maio de 2012

    É verdade Marcos,comunicamos aquilo que nos move,que mexe ,que incomoda,a gente sempre quer dizer aquilo que a gente acredita, e temos em mãos um instrumento poderosíssimo que é a arte, que representa a nossa força interior.

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  2. Ana Maria
    12 de maio de 2012

    Bom demais, como sempre. Acho muito interessante o jeito que te posicionas em teus textos e a base que todos eles tem. Me dá prazer ler cada linha, cada letra.

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