Tempo e Eternidade, Verde e Amarela.
A nossa brasilidade é essa contradição, um Brasil dentro de outro Brasil. Brasis que se misturam: cidadãos forasteiros juntos aos que se dizem apenas cidadãos. Nós somos um povo paradoxal; a nossa brasilidade é a brasilidade de nativos estrangeiros em convívio com os que se dizem apenas nativos. Somos assim desde tempos remotos. Tempo e eternidade, verde e amarela.
“Os cristãos, efetivamente, não se distinguem dos demais homens nem por sua terra, nem por sua fala, nem por seus costumes. Porque não habitam cidades exclusivamente suas, nem falam uma língua estranha, nem levam um estilo de vida à parte dos demais […]. Mas, habitando cidades gregas ou bárbaras, segundo a sorte que coube a cada um, e adaptando-se na vestimenta, alimentação e demais aspectos da vida aos usos e costumes de cada país, dão mostras de um teor particular de conduta, admirável e , por confissão de todos, surpreendente. Habitam suas próprias pátrias, mas como forasteiros; participam de tudo como cidadãos e suportam tudo como estrangeiros; toda terra estranha é para eles pátria, e toda pátria, terra estranha” (Carta a Diogneto – séc. 2 D.C.)
Marcos Almeida
P.S.: esse texto tem o mesmo título de uma canção inédita de minha autoria.
5 Comentários
Raidira
10 de setembro de 2015Sinto cheiro de bossa nessa nova canção!
Keti Greeny
10 de setembro de 2015Wouuu Sensacional.Sensível. Sincero.
Joel Carlos
11 de setembro de 2015Que texto, Marcos!! Que venha esta canção.
Sara de Pinho
11 de setembro de 2015Que bom ver texto novo por aqui! Ainda ontem assisti a um vídeo de um Culto e Cultura (acho que em Goiânia), no qual você falava justamente sobre o cristianismo e a brasilidade. Muito bom!
André Lisboa
12 de outubro de 2015Estava aqui nesta manhã estudando Cl 3.9-17. Especificamente estudando o verso 11, que fala o “onde”, a realidade na qual o cristão deve viver. Aí, cliquei no teu Medium e vi este texto ^^, já anotei. Feliz Dia das Crianças, amigo.