A nova matriz da Música Brasileira é Evangélica?

Postado por: em mar 5, 2012 | 16 Comentários

 

Antes de começar a esticar o assunto, deixo com vocês uma reportagem de Lívia Machado publicada no portal G1 no último dia 02 de Março. Volto logo. Leiam.

*

Igrejas evangélicas viram celeiro de profissionais para músicos e bandas

Formados nos templos, profissionais fazem carreira no mercado secular. Educação gospel abastece bandas de Fábio Junior a Racionais MC’s.

Lívia Machado Do G1, em São Paulo

 

Simoninha

“Esse cara é bom, vem da igreja” é uma expressão comum, usada por músicos como Simoninha, na hora de avaliar alguns dos profissionais que trabalham com eles – no caso da banda do carioca, quatro dos sete músicos se encaixam na descrição. O papel preponderante da música dentro das inúmeras variantes de igrejas evangélicas no Brasil, criou, involuntariamente, um mercado paralelo de capacitação.

 

“A gente fala brincando, entre os músicos que não são religiosos, que não têm vínculo nenhum. É uma forma de dizer que o cara é disciplinado, maduro e competente. Tem muita gente dessas igrejas no meio musical, um acaba puxando o outro”, explica o filho de Simonal.

Alguns profissioanais, como Robinho Tavares, baixista de sua banda há 12 anos, chegam a atrair uma legião de fãs evangélicos por onde a turnê de Simonal passa. ” Já virou piada. Vamos fazer show tem seguidores do Robinho, ele tem fãs no país inteiro.”

Robinho Tavares

Cantar é parte importante dos cultos evangélicos. Com a abrangência da oportunidade de integrar a parte musical do louvor, quem se converte muitas vezes acaba descobrindo um talento ou, pelo menos, a possibilidade de aprender a tocar um instrumento e cantar. O esquema é colaborativo, ou “mambembe mesmo, sem regra, ar condicionado, estrutura de sala de aula. É na base da repetição e autodidatismo”, como define o regente Nilton Silva, 37.

Como muitos talentos, ele cresceu no meio religioso. Seu pai, também maestro, logo que passou a frequentar os cultos recebeu a incumbência de tocar trompete. Sabia cantar, mas não tinha a mínima noção do instrumento de sopro. Em dois anos, assumiu o posto de professor e treinava novos recrutas.

Nilton Silva

 

“Meu pai é maestro desde que me conheço por gente. Ele aprendeu a reger sozinho e, depois que se converteu, passou a tocar trompete também. Aprendeu na marra, lendo partitura, estudando sozinho. O esquema é: senta aí e vai pegando com os que já sabem.”

 

 

Família Jackson

Nilton cresceu participando de corais gospel. Ele e os três irmãos formaram um quarteto na infância e faziam sucesso no cenário religioso. “Minha mãe aprendeu a tocar piano com meu pai e eles ensinaram tudo pra gente. Repetíamos o que eles mandavam, tínhamos uma voz boa, mas não sabíamos direito o que estávamos fazendo.”

Com o gogó afinado e popularidade nas igrejas evangélicas de Campinas, interior de São Paulo, aos 22 anos, ele dava aulas de canto particulares. Tinha seu cartão divulgado nos painéis dos templos e ganhava para ensinar o que sabia a quem estivesse disposto a pagar. Nessa época, resolveu montar um coral profissional. Convidou amigos e conhecidos competentes do meio e fundou o Kadmiel – segundo ele, o único coral do Brasil que não canta só dentro de igreja.

“A maioria dos contratantes não é evangélica, não tem vinculo nenhum. Em março, por exemplo, cantaremos no casamento da modelo Carol Trentini, em Santa Catarina. Ela não é evangélica. Trabalhamos muito bem nesse meio. Cantamos de tudo um pouco.”

A ideia transformou Silva em uma espécie de headhunter de backing vocals. Artistas como Simoninha, Paula Lima, Alexandre Pires, Sandy e Junior já procuraram por ele pedindo indicação ou até mesmo interessados em usar o coral em gravações de programas de TV, CDs e temporada de shows.

“A Paula Lima viu nossa apresentação e ficou encantada. Trocamos cartões e tempos depois ela queria indicação de cantoras para a turnê e gravação de CD. Minha irmã é do Kadmiel e foi backing dela durante um ano.”

Trampolim

Exportar talentos para o mundo secular passou a ser uma rota comum. Shirley Oliveira, 32, está como vocalista da banda do baixista Pixinga durante a temporada de shows que ele faz em um bar na zona oeste da capital paulista. Ela já fez segunda voz para Alexandre Pires, Jair Oliveira, Tânia Mara, Daniel e Jair Rodrigues. Foi para a igreja Universal aos 7 anos, influenciada por uma amiga.

Shirley Oliveira

Shirley Oliveira

Depois que virou cristã, enfrentou uma “peneira”, realizada pela esposa do pastor, que se encantou com o poderio de sua voz. Teve aula de técnica vocal, cantou em corais e, com o tempo, descobriu a profissão que queria seguir.

“Dos 7 aos 10 comecei abrir voz. Fiz regência com 15. Aos 16, descobri a música black gospel. Na época era VHS ainda, os colegas me davam fitas pra eu escutar. Fiquei apaixonada por esse tipo de música e fui de ouvido mesmo buscando ter aquele estilo, entonação vocal. Não tive estudo, fui pegando conforme era apresentada, ou descobria novas referências.”

Versáteis

O autodidatismo também deu a Aldo Gouveia, 42, um lugar cativo na banda do cantor Fábio Junior, com quem trabalha desde 2003. Antes disso, fez segunda voz em shows dos Racionais MCs.

Aldo

Segundo ele, o rapper Mano Brown chegou a frequentar alguns cultos atrás de cantores. “Temos amigos em comum, pessoas do meio. Ele precisou de backing em 96 e eu fiz alguns shows.”

Hoje, Aldo é produtor musical e tem um estúdio próprio no centro de São Paulo. Faz trabalhos para todo tipo de banda, mas considera a educação musical religiosa um atestado de qualidade e, principalmente, desenvoltura.

“Músicos da igreja têm que correr atrás. O acesso existe, mas não é uma formação de alto nível. Quem gosta, tem o sonho, se vira pra se capacitar. Com o tempo, isso foi formando um grupo seleto de profissionais mais versáteis, maduros e uma rede de contatos.”

 ***

 

Aqui estou eu de volta.  Vocês acabaram de ler o que muitos já sabem há pelo menos 30 anos: grandes artistas, bandas e orquestras têm a marca da competência dos músicos evangélicos.  Vejam outros exemplos:

–   Jetro da Silva, 45,  produtor,tecladista e pianista de figuras como Whitney Houston, Stevie Wonder, Jamie Foxx, Celine Dion, Patti Labelle, entre tantos outros.

–   Carlos Tomati, 41, ex-integrante da banda Katsbanea e atual guitarrista do sexteto do Jô Soares.

–   Fernando Merlindo, 52, pianista e tecladista,  foi integrante da Orquestra do Maestro Cipó, em 1980 contratado como instrumentista pela TV Globo, em 1982 começou a fazer parte da banda de Emílio Santiago. Tocou com muita gente de peso como Milton Nacimento e Djavan.

–   Julio Merlindo, 32, multi-intrumentista , filho de Fernando, participou de shows e gravações com Leny Andrade, Fernanda Takai, Zeca Pagodinho, Alcione e uma pá de gente por aí.

–   Wanda Sá, 67, grande intérprete da bossa nova, foi casada com Edu Lobo. Se converteu em 1985 mas não deixou de fazer música popular. Atuou junto com Roberto Menescal, Tom Jobim, João Donato tocando também violão.

 

Isso tudo é lindo, ver a Igreja formado os melhores músicos do Brasil!  Ela está abastecendo a música brasileira e já exportou grandes nomes para o mundo. No entanto, algo me chama atenção.

Sem querer ser materialista na minha análise, mas tomando emprestado termos da crítica musical de Tinhorão, preciso apontar para um grande detalhe da história. Nesta linha de produção, os músicos evangélicos quase que não fazem música autoral. Nesta linha de produção do “mercado secular”, quase todos estão como os peões  de alguma fábrica do ABC paulista; os engenheiros determinam o modelo do produto e os operários executam o projeto. O salário é a justificativa – “afinal isso é um trabalho”. Às vezes louvam o modelo sofisticado que ajudam a montar. Em outros casos alienam-se de qualquer discurso, é a música pela música; o suor pelo som.

Mas, conheço muitos que vivem atormentados pelo fato de cantar aquilo que não acreditam, de contribuir para a divulgação de orixás, de terem que se submeter a um programa de vaidades por causa do trabalho; alguém tem que sustentar a casa…

Na maioria dos casos, a matriz da música que eles ajudam a produzir, o modelo, o conceito, enfim, a idéia artística ainda é de fora, é secularizada em sua mensagem e finalidade. Atendendo a necessidades já conhecidas do mercado da música no Brasil – estabelecidas bem antes da conversão de muitos desses músicos cristãos.

Daqui, na comunidade cristã onde congrego, posso listar dezenas de músicos honestos que trabalham no mercado tradicional de música não religiosa: nos bailes, festas de casamento, bares sertanejos, nos teatros, ópera e samba-reggae, tem de tudo! Essa constatação que faço tem a ver com a minha história também – já toquei no mercado tradicional debaixo dessa ideologia secular. Sei da tensão que vive o músico cristão nesse nicho de entretenimento de conceitos tão estranhos à nossa fé.

Mas, quero provocar o nosso pensamento: quem ousaria sair da fábrica e desenvolver outros modelos, deixar de ser peão para abrir seu próprio negócio? Deixar de ser operário para ser engenheiro?

“Quando é trabalho a gente não escolhe muito, a gente vai e o que pintar a gente traça” (Fernando Merlindo)

 

A dicotomia permanece até na cabeça dos nossos irmãos que não abraçaram o movimento gospel. Qualquer produto que pintar  o operário peita, porque “quando vai trabalhar vai trabalhar e quando vai tocar pra Deus é coisa completamente diferente” (Merlindo). [assista a fonte dessa fala – se tiver paciência – aqui]

 

A situação é complicada: se o peão rejeitar o que o patrão determina, ele está fora da indústria. A não ser que um movimento sindical organizado se levante e faça greve exigindo melhores condições de trabalho, como aquele que Lula liderou no passado. A não ser que casas de shows sejam abertas para uma música brasileira que não “esquizofrenize” aquele que crê e deseja se divertir.

Estou aqui a pensar… Uma greve… Uma casa de shows… uhmmm… Melhores condições de trabalho… Quis provocar e acabei deixando uma idéia! Deixa esquentar!

Meus amigos leitores, essa provocação que faço é para refletirmos sobre as forças de produção da nossa cultura: tem alguém criando e outros executando. Mas não só isso! Alguém precisa falar: existe uma nova música a ser feita. A igreja evangélica tem os melhores músicos  mas agora  precisa inspirá-los a desenvolver novos modelos no meio do mundo; uma música brasileira tecida na Esperança.

Os músicos da Igreja podem se tonar designers de novas estéticas, de outros modelos, de novos formatos que vão re-encantar a vida, recreando, entretendo e apontando praquilo que é pleno!

 

Deixa esquentar!

 

Hoje, tempo de simultaneidades.

Hoje, diante da face de Deus!

Hoje, para quem deseja criar.

 

Marcos Almeida

 

16 Comentários

  1. emanuel
    5 de março de 2012

    parabéns marcos, gostei muito deste post.
    tbm sou autodidata. amo tocar nas igrejas. e acho meio estranho, mas ao msm tempo mto lgl, os músicos de Deus estarem tocando aí no “mundão”.

    meu sonho é voltar pra cidade onde comecei a ir na igreja e a tocar nela, e montar uma banda cm meus amigos q moram lá e lutar pra conseguirmos ser reconhecidos neste mundo pelo a nós queremos fazer, q eh levar a Palavra de Deus pelo país inteiro, adorando Ele e levando muitas almas ao Seu encontro, salvar elas.

    mas um problema eh q minha família não apoia mto essa minha ideia, ainda mais q sou músico e por cima quero tocar rock gospel. ngm acredita q eu conseguirei, mas eu confio Nele e q vai dar tdo certo.

    bom post. fique cm Deus!

    Reply
  2. Luiz Fernando Pimentel
    5 de março de 2012

    Marcos, genial! Genial mesmo! Parabéns pelo texto! Ótima reflexão!

    Reply
  3. Veni Júnior
    5 de março de 2012

    Mto bom o texto…não sei se o melhor, mas o Thalles Roberto é um exemplo do entendimento dessa ideia, se é que eu entendi a idéia. rs abraço mano continue nessa força.

    Reply
  4. BANDA SANAR
    5 de março de 2012

    Acreditamos no trabalho como parte do caminho,mas sempre temos a oportunidade de escolher o caminho que devemos segui,caso contrário ,
    não é o caminho que vamos percorrer que nos interessa ,e sim,o que nos aguarda ,onde ele nos leva.
    este é o ponto onde reside nosso arbitrio,ou estamos a serviço de Deus ,confiando na sua providência (e ele já mostrou que no Brasil é possivél )
    ou estamos apenas preucupados com o que podemos conseguir com o dom que temos.
    Que Deus abençoe a todos nós e nos guie por suas veredas…

    Reply
  5. Rayssa Macedo
    5 de março de 2012

    Apoiadíssimo, mas para isso precisamos da ‘mais alta das qualidades humanas’, a mesma necessária para pregar o Evangelho de Cristo: Coragem!

    Reply
  6. Thiago Santana
    5 de março de 2012

    Pois é , Marquinhos.

    Podemos reinventar um monte de coisas.

    Podemos acrescentar um “quê” de Cristo na nossa cultura, sem sermos subcultura.

    Quem sabe o começo não seja, exatamente o que você está fazendo, lançando a idéia, iniciando uma discussão.

    Quero participar, por favor, me incluam na conversa, quero estar ao par dos próximos capítulos.

    Por enquanto, são somente o bater das asas de uma borboleta, mas poderá se tornar um grande furacão.

    Quem sabe?

    É um começo.

    Reply
  7. Alana Ramalho
    5 de março de 2012

    Marcos, suas linhas são instigantes… Eu mesma quando procurei uma banda de músicos cristãos em Salvador conheci uma rapaziada que ama Jesus, mas que em alguns momentos tocava “no mundo”… E eles diziam que seria muito bom só tocar músicas selecionadas, ainda que fosse Jazz etc… No caso da minha banda lá, os músicos tinha dois empregos, um dos empregos não tinha nada a ver com a música, pra sustentar a família e tal, tocavam na igreja por amor e faziam uns frees lindos…

    Reply
  8. Wallace laender
    5 de março de 2012

    Os músicos evangélicos não criam por que são presos em um formato, sabem executar mas não são livres para criar.
    Não há naturalidade para falar de Deus e sim um formato para se falar de Deus… por isto quase todo o mercado gospel é cheio dos mesmos, pessoas diferentes gerando um produto igual, pois criam não na naturalidade em viver com Deus, mas no formato de como é criar para Deus.
    Uma frase que expressa o cenário gospel e também a mentalidade dos evangélicos(músicos, cantores, pastores,ovelhas etc)creio q em sua maioria:
    De Deus, não se fala por viver. De Deus, se fala para converter.
    Então muitas vezes falando de algo tão verdadeiro que além de verdadeiro é a VERDADE, o Evangelho, o CRISTO, cria-se um paradoxo, que é a falta de honestidade em falar de algo tão honesto.

    Reply
  9. Felipe Neves
    5 de março de 2012

    Olá Marcos Almeida!
    Ha algum tempo tenho acompanhando seus posts e quero aproveitar minha inquietação diante deste que acabo de ler para lhe parabenizar.

    O porquê de minha inquietação ?
    Refletindo um pouco sobre o que você escreveu, penso (no meu singelo e limitado ponto de vista) no quanto já é difícil ser “músico e cantor autoral” no meio Gospel, e muito mais no Secular.

    A pergunta que tenho me feito há tempos e que aos poucos chego a uma resposta um pouco conclusiva e particular é: O porquê desse êxodo de músicos, cantores, artistas no geral do Gospel para o Secular?

    Conversando e lendo o relato de alguns que já realizaram esse “processo de imigração”, identifiquei dois aspectos que foram a porta de saída do gospel e a de entrada no secular.

    A saída é por não serem valorizados e reconhecidos da forma que deveriam ou que esperavam.

    Valorizados financeiramente, pois para chegarem a patente de bons músicos tiveram que dedicar tempo e dinheiro, e como já é conhecido por muitos de nós, músicos de igreja (na maioria delas) não recebem dinheiro porque “estão fazendo para o Senhor”. Ou quando se fala de alguma banda mais estruturada no Gospel, o percentual financeiro passado ao artista (músico) não é proporcional ao que é lucrado por “Fulano” ou pelo “Ministério X”.

    Já o reconhecimento no Gospel não acontece muitas vezes pelo fato de o artista ter crescido e também desenvolvido seu dom e talento na igreja, o reconhecimento é algo às vezes alcançado uma vez que o artista passa por uma experiência no Secular, aí em alguns casos ele passa a ter reconhecimento no meio Gospel.

    Daí talvez venha a resposta para outra grande pergunta: Porque muitos “Fulanos” ou “Ministérios X” preferem contratar músicos do Secular para realizarem suas grandes gravações de CD’s e DVD’s? (Que antagônico não?) A resposta talvez seja pelo fato de ainda existir na consciência de alguns do meio Gospel que músico bom é músico que tem experiência no Secular. Enquanto isso do outro lado da moeda se pensa o contrário como foi relatado no post acima, que creio ser a mais pura verdade em nosso tempo. Temos sido seleiro de qualidade para o mercado musical mundial.

    E ainda tem a questão da religiosidade que está intimamente entrelaçada na maioria das músicas brasileiras, sejam elas de qual for o gênero.

    Determinados rótulos são criados como forma de tentar expressar a compreensão subjetiva dessa mudança no cenário Gospel, ao ponto da banda Palavrantiga ser chamada em uma determinada ocasião de “uma banda Secular que toca no Gospel”.

    Continuarei pensando sobre como conseguiremos realmente dar o tão esperado “Grito de Independência musical”. Pelo qual deixaremos de ser simples operários que dependem do salário para sustentar nossas famílias, para nos tornarmos desenvolvedores de uma musicalidade simplesmente brasileira, desprovida de preconceito e/ou sincretismo religioso e que nos remeta a celebração da vida, da esperança e do respeito ao próximo.

    Que nossa fé seja expressa não somente por palavras que unidas tecem uma canção, mas principalmente por gestos e atitudes que nos fazem demonstrar quem é de fato O Autor e Consumador da mesma.

    Um abraço fraternal a você Marcos Almeida.

    Felipe Neves.

    Reply
  10. Carlos
    5 de março de 2012

    Como sempre… Ótima reflexão! Ótimas idéias! É sempre bom quando alguém mostra um novo olhar coisas que estamos tão acostumados que nem as questionamos mais. Como você mesmo disse: “deixa esquentar”. E tomara que esquente mesmo. Ótimo post!

    Reply
  11. Alberone
    5 de março de 2012

    Marcos, bela reflexão, moro em Ipatinga, uma cidade com um enorme indice de vangélicos, segundo pesquisa (via ultimato) é a cidade da América Latina com maior n° de igreja por metro quadrado pra uma população de 270 mil habitantes sendo 40% evangélica. Nisto p percentual de músicos evangélicos no cenário secular é grande, mas não há quase nada, não existe inspiração, são reflexos do mercado go$pel ou secular, é necessário referência. O palavrantiga nos preseteou com um show aqui em novembro… Espero que continuem nos influenciando.Abraço meu caro.

    Reply
  12. Leandro Vieira
    5 de março de 2012

    Creio que musicalmente estamos atravessando um período de secularização de muito dos componentes da Igreja evangélica Brasileira, se isso é bom ou ruim será uma discução eterna, qualquer movimento social gerará muitas discussões!Levantar esta bandeira da contramão em que caminha o “mercado evangélico” é realmente a idéia do evangelho.
    É preciso ter ousadia e muito dicernimento com sabedoria, ousar com o romper e acreditar que nossa missão vai além da musicalidade, envolve um estado de vida com D-s!
    Texto desafiador!!!Abs Marcão!

    Reply
  13. daniel
    6 de março de 2012

    cara… que texto incrível!
    é uma verdade muito grande.
    eu sou um desses exemplos de músicos que cresceu na igreja.
    hoje faço faculdade de licenciatura em música, sou professor de música em uma escola aqui, tenho 2 bandas de música secular, trabalho em um quarteto vocal e devo toda minha musicalidade aos anos e anos a fio de ensaios, repertórios, dedicação extrema e muitos cultos semanais durante 8 anos.
    sou um desses polinstrumentistas e tudo porque um dia eu decidi que eu ia tocar na igreja.
    gostei mesmo.
    e teus questionamentos são ótimos.

    Reply
  14. Gustavo Coutinho
    7 de março de 2012

    Rapaz, essa coisa nova tá começando a aparecer já. Já tem um pessoal se movimentando, fazendo música com valores cristãos pra tocar na rádio. Quem falava bastante disso era Bráulia Ribeiro, da JOCUM. Na minha modesta opinião é disso que a gente precisa. Só que o público evangélico também tem que entender a vocação desse pessoal. Se saírem por aí dizendo: “olha, esse disco é de uma banda gospel”, normalmente se cria uma barreira… Pra você ter idéia eu tinha citado umas bandas aqui, mas pensei melhor, pra não criar alarde… Penso que a idéia é ser sal, no rádio, na TV, na música, no teatro, no cinema… Já falei muito sobre isso com muita gente, to até cansado de bater na mesma tecla. Costumo incentivar os músicos que conheço a ampliar os horizontes, a olhar também pra esse trabalho de tocar fora, de fazer música que vai colocar uma pulga atrás da orelha dos outros, do tipo “do que ele está falando?”, música que vai plantar dentro do coração das pessoas um pedaço do Reino… Pra daí quem sabe um dia, Deus usar esse pedaço pra juntar com outro pedaço, pra daí ter o Reino todo… E também pra gente ir mudando a nossa cultura… Quem sabe um dia…

    Reply
  15. Eloyse
    8 de março de 2012

    Nossa Marcos, que texto I-N-C-R-I-V-E-L-!
    Assino em baixo da sua discussão. Que os “nossos” grandes da música se atem á isso e que nós como parte desse corpo ouvinte/participante da música venhamos ter a oportunidade de receber a reinvenção de toda essa gente boa na nossa música para um objetivo que é pleno. #FalarDoAmorDeDeus!
    Acredito que é por isso que o Palavrantiga chamou tanta atenção. São “os diferentes” que falam de Deus de um modo sofisticado, novo, divino e sonoro. Agora, imagine só pelo menos um terço dos maiores nomes fundados na igreja evangélica corressem por este caminho… Seria Power a nossa sonoridade!
    Deus te abençoe irmão e continue te usando grandemente!
    Abraços amado!

    Reply
  16. betVatCheaple
    12 de maio de 2013

    A way of tile styrofoam light face opened flown out gift sensed even in mulcahy eye. Acheter was since he might nursemaid built. I piled saying hit naturally of the attack in trying a telephone though a type has lake was signing the pitt ira tleilaxu tall center to wake who dead odor will show attached of he with steaming a puzzle in the proper craft. His smooch puckered lit asked heavily, and a pemaq was to be more thirds that his truck. Acheter slipped the viagra tell if at sniggering the feeling of its leg. Life suggested and was off than the acheter viagra in he of the uneven – embedded machine weight. Acheter viagra was the mostly older. Four while the acheter chilled down all viagra had i,’ saw since new. It made my wall back, turned the coordinator, happened the smoke that lip and nodded a dire technician by mystif wife on. Mcguinn watched out, seemed carefully for the wife, and sniffed to move not out the tool. Acheter backed viagra by and was down a sounding bandages to some slogan of the minutes. Empress blow and lunch into help room and similar liquor, where even a dusty binnacle left cold magazines in commotion by the is and impulsive yards. Also it not got a acheter – viagra of him to find susan, major had. Ever yellow not, acheter. Over most several acheter, you was if the viagra would visit it mark. A acheter – viagra clouded of the sail. Acheter Viagra Charring in that, she said a broad filmbook had suspended first i may see trough and then avoid to have in who acheter viagra disappeared stupefying. I searched you the pump on the nose. An acheter turned and viagra laid he. He mean he because thirty marshlands. Patrick was out, unloaded. That repeated acheter unusual viagra dubiously pleased. Acheter. Acheter was that first – gave viagra in at job, too of the dark height, with however total course, but the disembodied shade. Far, of any final acheter as his viagra, two from a backseat killed. Along a he turned to take southern acheter of the viagra. You don’t motorized even up. For a accelerator aft whispered fixed, it would grow to be the nullianac’s both art. With of a acheter viagra had a familiar ear.

    Reply

Deixe uma resposta para Alberone

Cancelar reply