JORGE AMADO SOB A INFLUÊNCIA DO CANDOMBLÉ

Postado por: em jun 11, 2013 | 14 Comentários

 

Jorge Amado foi Obá Arolu. Possuia direito de voz e voto no grupo que forma o corpo executivo do terreiro, doze ministros que ajudam a mãe de santo na administração do templo. Esse título honorífico do Candomblé, segundo a Wikipédia, foi criado por mãe Aninha em 1936 no Axé Opó Afonjá (talvez o terreiro mais influente do mundo, localizado em Salvador, Bahia). Outro baiano, Gilberto Gil, além de ter sido iniciado nesse mesmo terreiro, também recebeu um título lá dentro: Obá Onikoyi – mesmo título de Dorival Caymmi. Uma posição inferior a de Amado, mas que possui função consultiva dentro desse time de amigos e protetores do terreiro, cuja lista completa você pode ler aqui. “Esses ministros eram antigos reis, príncipes ou governantes dos territórios conquistados por Xangô no país de Yôrubá”, explica o historiador Edison Carneiro em Candomblés da Bahia.

 

O escritor Antonio Olinto, Obá Aré, em entrevista a Terra Magazine em 2008, explica como surgiu esse grupo dentro da estrutura religiosa do Candomblé:

 

“Foi mãe Senhora que nos convidou. Ela começou a ver, a sentir, que o Candomblé era um ato cultural também. Principalmente. Então, ela começou a ter não só o pessoal normal da religião, mas alguns intelectuais. Estavámos lá: Jorge [Amado], eu, Carybé, Caymmi. Ele estava mais ligado, eu e Jorge estávamos dentro daquele princípio de mãe Senhora de que devia haver intelectuais que eram da religião. E com isso nós entramos. Frenqüentei lá o tempo todo.”

 

Antonio Olinto ainda fala sobre Caymmi:

 

“o nosso Caymmi era inteiramente do Axé. Inteiramente do Opô Afonjá. É claro que o convidavam e ele ia a todas. Ele ia ao Engenho Velho, mas era obá mesmo da mãe Senhora.”

 

Olinto ainda revela como conheceu mãe Menininha, essa de outro terreiro famoso, o do Gantois:

 

Quem lhe apresentou a Menininha foi Jorge Amado?
Foi. Porque o Jorge, apesar de ser do Opô Afonjá, estava em todas. Figura querida, todas faziam questão de que ele fosse lá. E ele ia.”

 

Para Reginaldo Prandi, “Jorge Amado contribuiu decisivamente com seus romances para a divulgação do candomblé.” Ele se orgulhava muito do título vitalício que recebeu da religião, “dizendo ser um obá antes mesmo de ser um literato.” Essa vivencia religiosa transbordou para o trabalho do escritor em obras como Jubiabá, Tenda dos Milagres,  O compadre de Ogum e O sumiço da santa.

 

DUAS CANÇÕES DE AMADO 

Não somente na literatura brasileira podemos ver divulgada a religiosidade do candomblé. A seguir, duas canções que Jorge Amado fez em parceria com seu camarada Dorival Caymmi. A primeira, “é doce morrer no mar”, foi gravada recentemente pela cantora cabo-verdiana Cesária Évora em duo com Marisa Monte.

 

É doce morrer no mar

(Dorival Caymmi, Jorge Amado)

Interprete: Cesária Évora & Marisa Monte

Album: Cesária Évora &

Ano: 2010

Gravadora: Lusafrica

 

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

A noite que ele não veio, foi
Foi de tristeza pra mim
Saveiro voltou sozinho
Triste noite foi pra mim

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

Saveiro partiu de noite, foi
Madrugada não voltou
O marinheiro bonito
Sereia do mar levou

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

Nas ondas verdes do mar, meu bem
Ele se foi afogar
Fez sua cama de noivo
No colo de Iemanjá

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

 

 

 

 

 

 

Canto de Obá

(Dorival Caymmi, Jorge Amado)

Intérprete: Alcione

Disco: Songbook Dorival Caymmi

Ano: 1993

 

 

Meu pai Xangô
É meu pai Xangô

é meu pai
É meu pai Xangô

é meu pai
É meu pai Xangô

é meu pai
É meu pai Xangô

é meu pai

Protege teu filho
Obá de Xangô
Seu Obá Otum

Onikoyi
Que tanto precisa
Precisa de ti
Pro canto compor
Pra canto cantar
O canto em louvor
Das graças da flor
Da terra, do povo e do mar da Bahia

Meu pai Xangô
É meu pai Xangô

é meu pai
É meu pai Xangô

é meu pai
É meu pai Xangô

é meu pai
É meu pai Xangô

é meu pai

Protege teu filho
Teu filho Caymmi
Dorival Obá

Onikoyi
E Stella Caymmi
A mãe de Dori
De Nana e Danilo
Que é musa e mulher
Que é amor e amiga
Stella estrela
Da minha cantiga amor recebi, ai

Por ser teu Obá

Onikoyi
Por não merecer, ser merecedor
De tanta Stella, estrela de amor, ai
Meu pai Xangô
É meu pai Xangô

é meu pai
É meu pai Xangô

é meu pai
É meu pai Xangô

é meu pai
É meu pai Xangô

é meu pai.

 

NA BARRA DO MISTÉRIO

 

O próprio Jorge Amado, em seu autobiográfico Navegação de Cabotagem, não esconde passagens curiosas e até então secretas da influência que a religião teve sobre sua obra. No trecho a seguir ele fala de Jubiabá atraindo Pierre Verger, Carybé, Gil e Nelson Pereira dos Santos. Acontecimentos que parece ter um centro espiritual no terreiro do Opô Afonjá da famosa mãe Senhora, a quem ele chama de “a venerável”. Veja:

 

Pois lhe revelarei motivo de vaidade, quando o recordo penso que algo fiz pela terra da Bahia, nossa terra, chão e céu. O motivo é duplo, condiciona a ciência e a arte. Trata-se da descoberta mágica, do encontro da pátria verdadeira, território pra a pesquisa e a criação, do desembarque de dois cidadãos eminentes, dois dos que mais concorreram para fazer da Bahia o que ela é, reconstruir-lhe a memória, restaurar-lhe a vida. Homem de ciência o mais velho, etnólogo, historiador, feiticeiro; artista o mais jovem, mestre do desenho e da aquarela, pintor e escultor, um duende, um capeta.

 

Pierre Verger, aristocrata francês, Fatumbi na África negra, no reino de Oyó, Ojuobá na Bahia, Verger estudou e revelou os laços umbilicais que ligam África e Brasil: o tráfico dos escravos, a saga dos orixás, os ritos afros e os ritos brasileiros dos candomblés, semelhanças e diferenças, a ciência das folhas e da adivinhação, o mistério e a mistura. Um dia o fidalgo gaulês abandonou a partícula, as armas e os brasões, as cartas de nobreza, com a máquina fotográfica a tiracolo partiu para o Oriente: sua obra de fotografo, da China a Cuba, da Tailândia ao Haiti, o retrato em corpo inteiro da Bahia dos anos 50, é incomensurável. Maior só do cientista, a do doutor de la Recherche Scientifique de France, o colaborador de Roger Bastide, o babalaô Fatumbi, professor da Universidade de Ifá no reino de Xangô, especialista de assuntos africanos na Universidade Federal da Bahia, Ojuobá no terreiro do Opô Afonjá, levantado por mãe Senhora, a venerável.

Pierre Fatumbi Ojuobá Verger veio para a Bahia porque leu a tradução francesa de Jubiabá, ou seja, Bahia de tous les saints.

Nascido em Buenos Aires de pai italiano e andejo e de mãe brasileira, Hector Julio Paride Bernabó – nome demais para um artista, bom nome para cantor de tango: Julio de Bernabó, el Bandoleón Divino,  para cafifa: Hector Paride, el Papito, ele o abandonou pelo de Carybé  – , andou por ceca e meca buscando a pátria, pintou o bode no planalto andino, atravessou os pampas a cavalo envergando poncho vermelho e barrete frígio para engabelar Nancy – e a engabelou -, um dia leu Jubiabá em tradução argentina, embarcou para a Bahia.

Recém-desembarcado passou a pintar painéis por encomenda de Anísio Teixeira, de Edgar Santos e de Clemente Mariani, revestiu a cidade de arte e personagens. Fez bori no Opô Afonjá, mãe Senhora tocou-lhe a cabeça com a navalha, mãe Menininha do Gantois deu-lhe o adjá a segurar, Oxóssi lhe ordenou desenhar, pintar e esculpir, fixar a cidade e o povo, a memória e a vida. Recriou a Bahia inteira, de suas mãos nascem as mulatas, os pescadores de xaréu, as iaôs, as ekedes, os capoeiristas, as putas, na gravura, na aguada, no desenho, no óleo, e os orixás talhados na madeira estão no Museus do Negro, paridos no trato do goiva e do macete. Carybé amigou-se com a Bahia e a fecundou.

Dei à Bahia o sábio e o artista, acha pouco? Tenho ou não motivo para vaidade? Não foi você, diz-me o bom senso, quem os trouxe na barra do mistério, foi o pai Jubiabá para quem Gilberto Gil compôs uma canção e Nelson Pereira dos Santos rodou um filme. Recolho-me à minha modesta condição, intérprete menor do povo da Bahia, com o que me basta e sobra (AMADO, Navegação de Cabotagem, 2012,pág. 85 e 86)

 

 

Homem responsável pela emenda constitucional de 1946 que veio a garantira a liberdade de crença no Brasil, favorecendo protestantes, espíritas e os cultos populares de origem africana, Jorge Amado era zeloso com sua religião. Em Navegação de Cabotagem ele relata com detalhes sua participação em não poucos episódios cruciais para o Candomblé. Caso mais impressionante é o relatado nas páginas 61 e 62, quando da morte de mãe Senhora em 1967. Como teve parte na sucessão da Iyalorixá, providenciando e resolvendo as coisas.

 

 APONTAMENTOS

 

Quando me coloco a ler e reler a história da nossa cultura popular, corro o risco de inventar diferenças, construir fenômenos que não estão lá, um tipo de ambição e vaidade de quem já dispôs a criar discursos identitários opressivos. Deus me livre de ver aquilo que não existe! Só quero ver o que for real. Não se trata de desmontar a hegemonia dos orixás e substituí-la por uma maioria de símbolos cristãos na cultura, como uma guerra de poderes, mesmo porque isso seria insano e impossível; já que somente novas obras de arte podem ser realmente novas. Essas artes são alteradas quando pessoas começam a ver o mundo diferente e somente quem explica o mundo pode mudar pensamentos.

O que me orgulho em fazer aqui é provar que existe confissão religiosa na música popular brasileira, aos montes, principalmente de influência do candomblé – taí uma semelhança entre a ‘música brasileira’ e a música sacra contemporânea evangélica. Não só a música, mas toda cultura brasileira tem essa porosidade religiosa – como disse certo autor. Nesse sentido, não existe diferença entre MPB e Gospel quando o assunto é confissão religiosa.

Já disse isso quando afirmei que o movimento gospel, por exemplo, nunca esteve tão perto das estruturas tradicionais do entretenimento no Brasil. Já disse isso quando criei o termo Umbanda Music para reunir o repertório popular de espiritualidade afro-religiosa. Portanto, esse panorama construído aqui no Blog busca apontar as similaridades entre aqueles que anteriormente estavam separados em dois reinos, o mundo e o mundo cristão. Sim! Estou dizendo que as idiossincrasias cristãs são parte de um mesmo mundo, de um mesmo chão, onde Jorges, Gilbertos, Nelsons e Carybes também se confessam, inventam, escondem e revelam quem são. Sobre esse conhecimento humano, dessas nossas necessidades de transcendência, que a todos alcança, é que olho para a nossa cultura convicto dessa pequena intromissão que assim faço enquanto caminho Nele, por Ele e para perto Dele, o Único.

 

 

DUA DATAS

 

1927. “ainda estudante, agora do regime de externato, começa a trabalhar como repórter no “Diário da Bahia”. Nesta época, recebe titulação no candomblé.”(Wikipédia). “Recebeu de pai Procópio, do terreiro do Ogunjá, seu primeiro título no candomblé, o de ogã.” (Reginaldo Prandi)

 

1958. “Fixa residência no Rio de Janeiro e passa a produzir e viver da literatura modestamente. Então, em 1958 escreve “Gabriela, cravo e canela”, livro que lhe rendeu várias premiações, além de ter sido adaptado para a TV. Nesta época, recebe de uma mãe-de-santo um dos mais altos títulos do candomblé. Um tempo depois, lança o “Dona Flor e seus dois maridos”, que também aparece nas telas mais tarde.” (Wikipedia)

 

Marcos Almeida

 

14 Comentários

  1. RAYANNE MENDONÇA
    11 de junho de 2013

    Nossa! Tenho pelna certeza que Deus tem levantado pessoas capacitadas para abrir a mente dessa geração! Todos cristãos deveriam ler!

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  2. Celma Santana
    11 de junho de 2013

    Que o q esteja oculto venha a luz, e Deus continue agindo em ti.

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  3. Ismael Souza
    11 de junho de 2013

    Confesso que, como ser humano, sou corroído pelo pré-julgamento. Como por exemplo, de que um (sic) “crente” analisaria a “Umbanda Music” dessa maneira. Talvez seja porque a maioria dos evangélicos que conheço vivem em suas próprias bolhas religiosas. Impenetráveis, com suas “armaduras sacras” esbanjando egocentricidade “gospel” por todos os lados. E no final, MPB e Gospel fazem parte da mesma árvore genealógica musical, não só com acordes, mas com a confissão religiosa embutida no DNA.

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  4. Tercio Rodrigues
    11 de junho de 2013

    Gostei do texto Marcos. Me fez refletir sobre a musicalidade Brasileira e as influências religiosas que ela tem. O termo “Umbanda Music” é real.

    Uma pena que músicos cristãos sejam taxados, excluídos e não consigam penetrar outros espaços da sociedade por causa de letras cristãs e pessoas de outras religiões, tenham um acesso livre. (ou talvez seja a minha impressão)

    Quero deixar meus parabéns pelo ótimo e inspirador trabalho que vocês fizeram no novo cd do Palavrantiga. Dos melhores sons dos últimos anos. Muito completo e maduro!

    Um forte abraço.

    Tercio

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  5. Augusto
    11 de junho de 2013

    Muito bom! Não é apenas a música gospel que tem a capacidade de falar de Deus.

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  6. Gerson Leal
    11 de junho de 2013

    Vale uma observação:

    Não existe o Ide no Candomblé.
    Quando pensamos em Evangelho, pensamos na evangelização, pois faz parte, o fazer discipulos, mas a maneira como classicamente se tem feito isso é através do proselitismo, e este é um comportamento incha qq religião.
    O Candomblé não exige exclusividade, o Evangelho sim, então em sua arte, o Candomblé esta mais cheia de si, pois não se ocupa de “pregar”, mas se ocupa do ser, e que mensagem poderosa o do ser, tanto que estes homens, nobres brasileiros citados, causaram muito mais impacto em prol da sua crença que os milhões de “pregadores” pelas suas.
    A forma com que fizeram difere da que esta sendo feito pela gospelização (a musica de massa)até pq foi um processo mt mais demorado.

    Ressalto que existem sim autores, artistas que tem lutado com mt afinco pela arte de conteudo cristão que estão sempre a margem, mas que são de beleza e valor inestimavel, cito:
    *Sergio Pimenta
    *Guilherme Kerr
    *Nelson Bomilcar
    *Gerson Borges
    *João Alexandre
    *Expresso Luz
    *Grupo Logos
    E muito e muitos outros que contribuem para a musicalidade, cultura e arte brasileira de maneira que o que produzem ficará como grande e preciosa herança.

    Att
    Gerson Leal

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    • Daniel Brandão
      12 de junho de 2013

      O que nos falta mesmo é VIVERMOS. Quando nos preocuparmos em VIVERMOS o que cremos, iremos demonstrar o evangelho nas escolas (como professores), na música, na pintura, na tv, nos teatros… seremos RESPEITADOS por respeitar os demais e vivermos o que (sic) ‘pregamos’.

      O Palavrantiga faz isso com dignidade ímpar no Brasil. Respeito 2 trabalhos do tipo em terras brasilis: Palavrantiga e banda Crombie.

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  7. Filipe
    11 de junho de 2013

    Li todo o texto com um certo pré-conceito, mas no fim entendi a mensagem e concordo com ela. Porém deixo a observação de que esse é exatamente o motivo pelo qual criou-se a cultura no meio cristão de que ouvir música secular é errado. E realmente não apoio ouvir músicas como as apontadas no texto.

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  8. Brenno
    12 de junho de 2013

    Transformador. Sou cristão, e particularmente é difícil encontrar, uma visão como a de Marcos Almeida, de que tudo está sobre o mesmo chão, falamos no Amor, dizemos que vivemos no amor, mas sempre estamos prontos a atacar religiões que subvertem a nossa. Somos etnocêntricos, que possamos ser sábios para pensar, criticar, orar, viver. Pois o amor nos faz um e estamos sobre o mesmo chão.

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  9. Elifas Medeiros
    12 de junho de 2013

    Palavras que expressam com bastante singularidade o berço religioso em fomos forjados; religiosidade de cá e de lá; só a GRAÇA nos liberta. Deus o abençoe, Marcos!

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  10. Suellen
    12 de junho de 2013

    Entender o que o mundo tenta obscurecer…
    Abrir os olhos, do que o oculto lança como brilho!!!
    O Espirito Santo nesses últimos dias tem aberto o entendimento para o que é santo e puro, assim já diz a palavra, os dias serão curtos, mas a obra será cumprida…

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  11. Igor Bezerra
    12 de junho de 2013

    Marcos foi muito feliz nessa postagem (como em todas). Antonio Carlos Costa falou uma coisa, que estou “ruminando” até hoje: O maior inimigo do cristianismo é a religiosidade.

    O fato de estarmos sobre o mesmo chão nos coloca no mesmo nível, no mesmo espaço, no mesmo saco. Tentar se isolar, a meu ver é ignorância.

    Qualquer alimento fora do saco esta propenso a se estragar mais rápido. Me lembro de uma pipoca doce famosa que vinha em um saquinho vinho, no meio de varias pipocas umas tinham um gosto mais agradável que outras, um sabor diferente. Acho que é exatamente isso que somos – ou devemos ser.

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  12. Tiago
    30 de agosto de 2013

    Voraz meu camarada Marcão.
    Tudo muito propício. Assisti Pierre Verger a poucos dias.

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  13. Raidira
    1 de setembro de 2013

    Sempre pensei dessa forma, mas nunca parei para organizar minha opinião de forma a me tornar entendível. Como baiana e apaixonada por música, sempre recebi influências sonoras dos mais diversos artistas e vi de perto o trabalho de muita gente, sobretudo os que professam fé diferente da minha. Música pulsa. Música é a alma de quem canta, de quem toca. Não escuto canções que elevem o nome de outros deuses, mas entendo a necessidade de quem o faz. É o clamor da própria alma.Cabe a nós, cristãos, permitirmos que o Rio de Deus flua em nós de forma livre, despida de preconceitos e conectada com aquilo que o próprio Deus quer fazer. Alcançar os perdidos é o que pulsa no coração dEle. E é o que deve pulsar no nosso, independentemente da visão que temos sobre o que é santo e o que é profano. Precisamos da visão de Deus. Da visão da glória dEle. Ele tem bem mais.

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