Se uma profissão existe é porque tem alguém precisando dela
“Se uma profissão existe é porque tem alguém precisando dela”, respondeu tia Laudêmis deste lado da linha. A moça que ligou talvez não tenha se ligado tanto na resposta que recebeu, mas, quando atravessei a sala e fui atravessado por aquela frase, uma luz acendeu na minha mente! Anotei imediatamente cada palavra, enquanto agradecia minha tia querida. “Obrigado tia, precisava ouvir essa frase hoje! Brilhante!!!”. Ela riu e eu sai correndo pra escrever esse texto.
Se uma profissão existe é porque alguém precisa dela. Pra que um médico se não existem doentes? Pra que uma meretriz se não existem pervertidos? Pra que um conselheiro se não existem perdidos? Pra que um governante se não existe desordem? Pra que um artista se não existe feiura?
Se uma coisa existe, da sua performance alguém terá algum beneficio.
Se é intrinsecamente boa ou má, é assunto para outra ligação. Por enquanto, reverbera a frase simples e verdadeira de tia Laudêmis: “Se uma profissão existe é porque tem alguém precisando dela”.
E você: precisa de que?
M.
4 Comentários
Elene
12 de agosto de 2014Excelente texto! Concordo plenamente com seu posicionamento e a lógica da sociedade capitalista infelizmente tenta refutar essa verdade. Se algo existe é porque assiste a um proveito de bom ou ruim.
Leandro Vieira
16 de agosto de 2014O senso de ser útil é quase que fisiológico.
Somos muitas vezes inertes, devido a necessidade desconcertada de não sabermos o que fazer.
Eu preciso de fé, não a minha, mas a fé de Deus, a minha vive na incerteza, mas a fé de Deus em mim, é a vida com sabor de esperança contínua.
A minha vive da crença e da dúvida, mas a Deus infunde em mim senso de ser útil no hoje e no amanhã com a certeza.Isso me garante um sentido de viver.
A minha fé por vezes é dúvida e dialoga com a ansiedade, mas a fé de Deus é certa.
Só existimos porque a fé de Deus garante uma vida em abundância!
Isso é o que penso baseado em sua reflexão, ainda que cotidiana, mas enxergo nele, no cotidiano, o Deus que age!
Abs
David
30 de setembro de 2014Isso me remete ao entendimento reducionista do senso comum cristão sobre missões transculturais ou não, aonde pensam que mandar pessoas que simplesmente preguem a “palavra” é “fazer missão”, sendo que muitas vidas precisam de pessoas vivendo o reino e utilizando os seus dons, missões precisam de médicos, educadores, professores. Missões aonde quer que sejam precisam de “profissões” (pessoas que usem seus dons)…se é missão é integral.
Isabella
8 de julho de 2015Nunca havia parado para pensar nisso… De fato, as funções se fazem funções porque alguém, por mais fútil que seja, necessita delas. E se há necessidade, que assim seja! Façamos o que é necessário, o que é realmente necessário.