15 de Janeiro / Anchieta

Postado por: em jan 15, 2012 | 2 Comentários

                                                                                                            Quinze

Catecismo e Poesia.

O “apóstolo do Brasil”  – como ficou conhecido o padre José de Anchieta – morreu aos 63, numa pequena cidade do Espírito Santo que hoje leva o seu nome. Isso foi há muito tempo atrás, tempão, quando a folhinha do calendário marcava 1597 – antes mesmo de Antonio Vieira, citado ontem por aqui. Ele deixou um legado social que é criticado por alguns e louvado por outros. Mas, quase ninguém fala da sua produção poética. Além de escrever peças de teatro e o catecismo que a  Igreja Católica usou durante 300 anos aqui no Brasil, seu desejo pelo sagrado e pelo porvir  se traduziu em versos simples, como estes, que agora passamos a ler.

Não há coisa segura.

Tudo quanto se vê

se vai passando.

A vida não tem dura.

O bem se vai gastando.

Toda criatura passa voando

Contente assim, minh’alma,

Do doce amor de Deus

toda ferida,

o mundo deixa em calma,

buscando a outra vida,

na qual deseja ser absorvida.

   (Em Deus, meu Criador – José de Anchieta)

2 Comentários

  1. Mayra Amaral
    15 de janeiro de 2012

    Então o sentido está vivo!
    Como uma canção que acalenta o coração.
    Numa noite remansada, mesclada de versos e melodias.
    Pois do sopro se fez existência.
    Da existência, o Amor.
    Do Amor, o poeta.
    Do poeta da vida.

    É, o blog Nossa Brasilidade anda me inspirando! Muito bom! Muito bom! Obrigado Marcos!

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  2. nossabrasilidade » Literatura Brasileira
    9 de maio de 2012

    […] – Anchieta […]

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