05 de Janeiro / Chacal
Cinco
Vivo e ativo. Poeta. Marginal – por que o centro velho estava sério demais? Talvez sim. E ele consegue tirar o riso com uma graça incomum. Sua palavra fluente nos aproxima do dia a dia, um cotidiano diverso e cheio de humor. Ele se chama Ricardo, mas, para a literatura e a música: Chacal.
Veio uns ômi di saia preta
cheiu di caixinha e pó branco
qui êles disserum qui chamava açucri
Aí êles falaram e nós fechamu a cara
depois êles arrepitirum e nós fechamu o corpo
Aí êles insistiram e nós comemu êles.
•••
uma
palavra
escrita é uma
palavra não dita é uma
palavra maldita é uma palavra
gravada como gravata que é uma palavra
gaiata como goiaba que é uma palavra gostosa
(Papo de índio – Chacal)
2 Comentários
Arthur Martins
5 de janeiro de 2012Poesia concreta da melhor qualidade! O valor transcendental que as poesias carregam é enorme.
Arthur Martins (http://evangelhoeoutrascoisas.webnode.com/)
Loyena Gomes
5 de janeiro de 2012Redescobrindo o valor da poesia, um valor que pra mim, não deveria nunca ter se perdido. Obrigada!