Todos estão surdos (versão Palavrantiga)

Todos estão surdos (versão Palavrantiga)

Postado por: em out 21, 2013 | 13 comentários

A versão clandestina da música de Roberto&Erasmo; ou, como ignorar as intenções do autor e dizer somente aquilo que pode ser dito.

Aponto a presença. Por enquanto não me empenho tanto a interpretar aquilo que tenho direito de interpretar como ouvinte que sou. Apenas enfatizo a presença. Ali está, vejam!

Rio Torto – Clipe Oficial + Letra

Rio Torto – Clipe Oficial + Letra

Postado por: em maio 31, 2013 | Nenhum comentário

RIO TORTO (Marcos Almeida)

Já faz um tempo que eu me apego
Naquele livro que anuncia

Minha liberdade
Ninguém pega

Vê se entende:

O Amor é um rio

A Entrevista para a Billboard – Edição 37 – na íntegra.

A Entrevista para a Billboard – Edição 37 – na íntegra.

Postado por: em jan 6, 2013 | 104 comentários

 

A edição 37 da Billboard Brasil traz na capa o músico pop americano Bruno Mars, e lá nas páginas 54 e 55 o jornalista Filipe Albuquerque anuncia: “para além de rótulos e segmentos, artistas evangélicos buscam circular livremente no pop brasileiro”.

Palavrantiga lança novo disco em Natal

Postado por: em out 24, 2012 | 2 comentários

 

 

Com o apoio do Nossa Brasilidade e da Wad Studio, o Palavrantiga fará lançamento do seu terceiro álbum em Natal/RN no dia 16 de Novembro, como parte da Primeira Conferência L’Abrarte.

 

 

 


Isso mesmo, o show de lançamento é parte da 1a  Conferência L’Abrarte – “Arte e Mente Cristã” (15 e 16 Novembro 2012 na cidade de Natal/RN). A banda brasileira de rock Palavrantiga sobe ao palco na noite de sexta-feira, dia 16, para compartilhar do seu mais novo disco: “Sobre o mesmo chão”. Novos temas, sons e climas que traduzem essa linda temporada do grupo, depois de rodar o Brasil apresentando o tão precioso “Esperar é Caminhar” de 2010.

O lançamento de “Sobre o mesmo chão”, acontece no clima instigante e inspirador da Conferência, inédita no Nordeste, onde teremos a companhia honrosa de Marleen Rookmaaker (Holanda) [“Eu leio Rookmaaker, você JeanPaul Sartrê” – lembram?]  – ela é  filha do pensador e historiador da arte, Hans Rookmaaker e editora chefe do ArtWay .

Vamos ter a oportunidade de conhecer também o trabalho de Laurel Gasque (Canadá) –  Editora Adjunta da ArtWay e autora de Art and the Christian Mind: The Life and Work of H.R. Rookmaaker , recém traduzido para o português ficou assim: “Rookmaaker, a Arte e a Mente cristã – Ed.Ultimato“. Mas, olha! Preparem-se, esse aguardado livro será lançado justamente aonde?; na Conferência L’Abrate! Essa mesma que estamos falando!

Então, o que você está fazendo aí que não comprou seu ingresso para o show e se inscreveu na 1a  Conferência L’Abrarte – “Arte e Mente Cristã” (15 e 16 Novembro 2012 na cidade de Natal/RN)? Veja aqui como fazer: CLIQUE AQUI.
Ah, já estava me esquecendo. Rodolfo Amorim (L´Abri Brasil), Marcos Almeida (eu mesmo) e Jorge Camargo (cantor e compositor) também marcam presença nas palestras.

Que maravilha!

Espero vocês.Até lá.
M.A.

Palavrantiga: uma banda secular que toca no gospel (?)

Postado por: em fev 25, 2012 | 22 comentários

Quarenta e nove

Um amigo de Palmas, em Tocantins, anunciou nossa chegada na cidade de forma antológica! Ele estava no alto de um trio elétrico animando um show de manobras radicais realizadas por alguns  motociclistas malucos. Ao ver a banda, gritou para a plateia (quase 1.000 pessoas em volta da pista) gritou com toda voz, quase em tom de rodeio:

–       Essa noite!!!! No nosso congressooo quem vai fazer o show é Palavrantigaaaa, meu povo; uma banda secular que toca no gospel!!! (Palmas)

 

Não consegui conter o riso. Só depois de alguns segundos percebi que ele, da sua forma, estava tentando traduzir – dentro das categorias que permitia o vocabulário evangélico – todo o movimento que nasce nesse tempo onde simultaneamente vemos a ascensão do movimento gospel e uma geração de artistas cristãos que receberam essa matriz cultural [ou parte dela] e a partir disso estão dando forma a uma música brasileira de raízes cristãs.  Uma música que não está interessada em vender religião (fazendo proselitismo), mas apenas em compartilhar a experiência daquele que vive a Boa Nova de forma inteira sem repartir o mundo, sem “esquizofrenizar” a nossa existência.

 

É uma música cuja identidade não se estabelece sobre demandas mercadológicas, ou de siglas, ou de  grifes com agenda panfletária ou midiática, mas sua essência está no discernir espaços e soberanias da nossa realidade (falo agora como devedor dos holandeses). Temos ao menos dois espaços para discernir aqui: 1) o espaço eclesiástico (cujo núcleo de sentido é a FÉ) que se difere do 2) espaço artístico (cujo núcleo de sentido é o ESTÉTICO, ou seu poder de alusividade). É preciso discernir sabendo que elas estão diante da face de Deus.

Não só isso, a identidade desse novo movimento está na capacidade de dialogar com a sua matriz principal; a Igreja, que infelizmente anda sendo confundida com o movimento gospel em si – mas todos nós sabemos que não é a mesma coisa. A Igreja existe há tanto tempo… Ela está nesse diálogo com a cultura há milénios e o movimento gospel  é a ponta desse processo histórico (aqui no Brasil) – a cena gospel é UMA das respostas que os cristãos evangélicos deram para a cultura.

 

É preciso considerar também que o novo tempo que vivemos, de simultaneidades, de nascimentos e coroações, é tempo onde não cabe aquele discurso pseudo-intelectualizado de alguns evangélicos que satanizaram o movimento gospel, tentando leva-lo ao ridículo, para então apresentar uma produção alternativa que acabou encontrando razão de ser no revide, na revolta, na vontade apologética de peneirar o joio. Uma arte cuja identidade se firma na vontade de vingança acaba por ser panfletária, ideologia pela ideologia, quando deveria ser artística, expressiva, sincera, fincada no amor, na paz e na leveza de apenas ser.

 

Meu amigo estava quase certo, mas sinto informar que não somos uma banda secular (não trabalhamos com essa cosmovisão); ainda falta vocabulário para transpor essas dificuldades dialéticas, mas talvez ele tenha sido o que mais chegou perto. Somos uma banda brasileira de rock  que toca na Igreja, que toca no bar, que toca na FNAC, que toca em casa (aliás, hoje às 20h – 25 de fevereiro – tem House Show em L’Abri – mande e-mail para contato@palavrantiga.com e reserve seu lugar).

 

Ah, a FNAC hoje! Foi histórico. Recorde de publico quebrado [nenhuma banda conseguiu levar tanta gente naquele lugar – informação da gerência], amigos de todas as épocas e geografias da região metropolitana (em BH e Contagem me mudei mais de 20 vezes, muitos amigos) , eles estavam lá, da zona sul e da periferia, tatuados e sem tatuagem, pentecostais e batistas, ali: no café que se tornou uma grande sala onde a diversidade não foi empecilho para a unidade, onde cantamos com força, com alegria e certos de que o Espírito estava enchendo a casa. Emocionante.

Esferas de soberania sendo respeitadas, quatro cristãos compartilhando sua arte, quatro artistas assumindo sua vocação junto aos cúmplices que vivenciaram a confirmação disso tudo que falamos acima e agora repito:

Chegou o tempo onde artistas não precisarão mais justificar sua arte através do argumento religioso, nem serão covardes abrindo mão da sua confissão mais sincera. É tempo onde o mundo dividido entre  secular e o gospel vê nascer uma música brasileira tecida na Esperança!

 

Que bom estar vivo para ver isso!

Hoje, século XXI

Hoje, onde vi na FNAC uma nova épica.

Hoje, feliz por ser roqueiro no Brasil.

Hoje, enxergando uma outra via cada vez mais nítida.

Hoje, crendo que nosso país vai ensinar isso ao resto do mundo.

Hoje, aqui.

 

Aquele abraço demorado em todos vocês. Até daqui a pouco no House Show.

 

Belo Horizonte

L’Abri Brasil

24.02.12