Eu li Nejar

Eu li Nejar

Na estréia do solo “Eu Sarau”, eu li Nejar.  Mas, antes tive o cuidado de apresentar o poeta para a platéia – numa rápida pesquisa, percebi que quase todos não o conheciam. Acho que curtiram muito; inclusive o episódio do meu encontro com ele no aeroporto, o início de uma amizade. Um rapaz teceu elogios sinceros ao poeta no […]

Eles começaram a inventar

Postado por em dez 12, 2013 | 16 Comentários

 O que será que pode acontecer quando alunos da USP, IFRN e UnB começam a pensar numa Música Brasileira de Raiz Cristã ?

 

Recebi um e-mail muito curioso. Um jovem estudante da USP compartilhava sua vontade de escrever um artigo, onde aplicaria as teorias de comunicação ao analisar a indústria cultural brasileira. Pediu algumas sugestões de temas, o que fiz de imediato. Disse a ele, por que você não escreve sobre essa falácia da indústria cultural brasileira, resumida nesses três pontos:

a) música gospel é todo e qualquer gênero musical de confissão evangélica

b) música religiosa é todo e qualquer gênero musical de confissão católica

c) toda e qualquer confissão religiosa não cristã é “cultura brasileira”.

1. Por que grande parte do repertório de Roberto Carlos não está na categoria (comunicação) religiosa (ou Catolic Music)?
2. Por que Alindo Cruz, Zeca Pagodinho,Clara Nunes e muuuitos outros não são classificados segundo a confissão religiosa (Umbanda Music?), mas de acordo com os aspectos musicais?
3. Se a Indústria Cultural é um Artefato, quem concebeu e por quais interesses se construiu tais estruturas no Brasil?

 

Bem, o mais curioso ainda é que o rapaz aceitou o desafio e escreveu o tal artigo. A Escola de Comunicação e Artes da USP deve estar lendo agora a tese que foi apresentada pela primeira vez aqui no Blog e que agora começa a fazer sentido para acadêmicos pelo Brasil a fora. A ideia é simples e foi resumida assim pelo rapaz:

 “Este artigo proposto na disciplina Teoria da Comunicação se dedica a explanar o mercado musical brasileiro, considerando seu repertório como meio de comunicação que promove integração e desenvolvimento, mas destaca a logomaquia no dualismo gospel/secular que revela as contradições produzidas pela indústria cultural e propõe uma solução na adequação morfológica de gospel para música brasileira de raiz cristã.  Para tanto, apresenta breve histórico a respeito da arte e religião, fazendo referência às correntes filosóficas de cada época, expõe a atual situação do mercado musical brasileiro apontando sobre que estruturas e interesses este é condicionado e aponta um pós-movimento-gospel.”

[Victor Gomes Barcellos – A logomaquia do mercado secular/gospel na  Música Brasileira, Dezembro de 2013]

Victor na USP, Marina na UnB, Alyne no IFRN (ainda falo delas) e tantos outros espalhados pelo Brasil, começam a produzir conhecimento e levar a sério a nossa tese de que nesse tanto de brasis misturados na amálgama brasileira, existe o Brasil dos que produzem arte, música, cultura, entretenimento, etc…, a partir de uma visão de mundo cristã.  Certamente essa produção não cabe no que se convencionou chamar, por diversos interesses extra-artísticos, de mercado religioso.

Recebo essas notícias no mês em que um artigo meu foi parar na coletânea “Formação Sociocultural e Ética” do CESUMAR (Centro Universitário de Maringá). Bons motivos para comemorar! E estamos apenas com dois anos de Blog.

Bons ventos!

Deus nos guie.

Abraço demorado e especial para os leitores que não só curtem a página, mas já partiram para a invenção!

Marcos Almeida

Primeiro ensaio do Nossa Brasilidade Show

Postado por em dez 6, 2013 | 2 Comentários

Um registro feito pela V3 durante a passagem de som, na toca do Corvo,em Belo Horizonte. Quando ensaiávamos, pela primeira vez, para o show que rolou na linda capital do Ceará, dia 14 de Novembro!

RPM e os temas que você não ouviu.

Postado por em dez 4, 2013 | 4 Comentários

Ninguém percebeu, mas até o RPM cantou sobre Deus, Jerusalém, Templo, Cinismo, Vazio e Protestantismo Europeu. Faltou rima?

 

Serviria ao menos para vermos o lugar da religião no imaginário dos nossos compositores. E assim, driblando as imposições do gosto – o que tive de fazer especialmente aqui, por achar muito afetado o jeito de cantar do camarada – vamos perceber que as expressões e arquétipos da espiritualidade estão presentes na nossa música não litúrgica.

Em MPB

Como descobri Sebastião Tapajós e seu disco Brasilidade

Postado por em nov 25, 2013 | 7 Comentários

 

O ator Antonio Fagundes disse outro dia: “a ideia é ser cada vez mais famoso. Porque aí consigo trazer as pessoas para o teatro, para o cinema”. Tentando transformar a audiência das novelas em ingressos esgotados no teatro, ele me fez lembrar o que acontece – numa escala muito inferior – na minha relação entre Palavrantiga e o site Nossa Brasilidade. Estava em Curitiba atendendo os pedidos de fotos e papiando com o público depois do show, quando

Os Discursos e as Vivências

Postado por em nov 9, 2013 | 4 Comentários

 

Até que ponto a fé do compositor afeta sua obra? Vinícius de Moraes e Maria Bethânia num estudo de caso.

Foram muitas as ocorrências de um discurso religioso, ou ao menos de algum tipo alusão a uma espiritualidade nas músicas selecionadas.